sábado, 15 de maio de 2010

Seminário TV Digital e Interatividade

O Iesb promoveu, na terça-feira,11, o Seminário sobre TV Digital e Interatividade. O vídeo abaixo mostra como foi o evento.


quinta-feira, 13 de maio de 2010

Os novos paradigmas das Gerações Digitais

Olá pessoal.....
O texto abaixo foi escrito por Maria Cristina Gobbi. Quem se interessar é so entrar no site
http://gobbi.pro.br.


Os Novos Paradigmas das Gerações Digitais
Cultura da geração tecnológica digital: Outras formas de aprender e ver o mundo

Observamos que há, de maneira geral, certo pânico com referência ao sistema de aprendizagem da “nova geração”. Carregado de um viés muitas vezes pejorativo, denominado de instantaneidade, imediatismo, superficialidade, muitos pesquisadores recriminam a maneira como essa juventude adquire e administra seus conhecimentos.

Talvez a crítica feita a essa nova geração possa ser justificada com o que Kirsten Drotner (apud TAPSCOTT, 1999, p. 47) chama de “pânico da mídia”. Ele caracteriza 4 pontos para o abismo entre as várias gerações:

1) as gerações mais velhas estão inseguras quanto à nova tecnologia – que os jovens estão adotando;
2) gerações mais velhas tendem a sentir-se desconfortáveis com novos meios de comunicação – que estão se tornando cada vez mais populares na cultura jovem;
3) a mídia antiga teme a nova mídia;
4) a revolução digital, ao contrário das anteriores, não é controlada apenas por adultos. A lacuna é acentuada pelo fato de que o pânico de mídia é difundido pela antiga mídia. Os líderes dos tradicionais meios de comunicação são céticos, na melhor das hipóteses, quanto à nova mídia. Tanto o cinema quanto a imprensa escrita demonstram considerável apreensão com a televisão.

Ou ainda, é possível afirmar que se trata de uma mudança de paradigmas da cultura da juventude. Uma nova maneira de aprender e de ensinar, onde o conhecer-aprender primeiro e verificar depois deixam de existir. Hoje essa juventude aprende fazendo. Isso pode ser apontado como um dos resultados da rapidez com que as tecnologias estão entrando na vida das pessoas.

E com relação à TV Digital, como essa nova geração se comportará diante de todas as possibilidades que ela vai oferecer?

Embora esse novo modelo de comunicação tenha nascido, pelo menos aqui no Brasil, de forma disciplinada, com a participação da sociedade civil organizada, em pouco tempo as possibilidades comunicativas por ela descortinadas serão ampliadas de forma significativa. Ficará impossível o controle real por parte deste ou daquele grupo de comunicação.

Não obstante ainda futurista, a idéia de uma nova cultura comunicacional e da juventude, resultado da convergência das mídias mais tradicionais como o rádio e a televisão aliadas ao grande poder da internet, se torna real. Esse complexo de comunicação, que podemos chamar de “comunicação digital”, estará à mercê das forças do mercado consumidor, que é fundamentalmente dirigido por essa geração tecnológica digital.

Esta surgindo uma nova cultura jovem, que envolve muito mais do que simplesmente cultura de música pop, MTV e filmes + internet. É uma nova cultura no sentido mais amplo, definida como os padrões socialmente transmitidos e compartilhados de comportamento, costumes, atitudes e códigos tácitos, crenças e valores, artes, conhecimento e formas sociais. Esta nova cultura está arraigada na experiência de ser jovem e também de fazer parte da maior geração de todos os tempos. Porém, mais importante, é a cultura que está se originando do uso da mídia digital interativa por parte dos N-Gens e da “geração tecnológica-digital”. Devemos ficar atentos, porque a cultura que flui dessas experiências no ciberespaço prenuncia a cultura que criará futuros líderes no mercado de trabalho e na sociedade (TAPSCOTT, 1999, p. 53).

Trata-se de uma mudança real de paradigmas, onde o “aprender e fazer” dá lugar ao “aprender fazendo”. É uma geração que amplia a visão de mundo, de sociedade, de interação e participação. Defendem que a auto-expressão é uma necessidade vital, estão preocupados com a inclusão social, participação e aplicabilidade, “(…) consideram o acesso à informação e a expressão de opiniões, direitos fundamentais” (TAPSCOTT, 1999, p. 67).

Essa nova cultura nasceu porque essa geração vive e respira inovação, estão sempre abertos a novas experiências, novos aprendizados e buscam, constantemente, aperfeiçoar o modo como as coisas são realizadas. Na verdade, com bem afirma Tapscott (1999, p. 69), os tecnológicos digitais não aceitam o certo, no sentido do fato consumado, ao contrário, eles investigam, querem fazer funcionar e não saber como funciona. Eles não se sentem intimidados diante do conhecimento novo, das oportunidades oferecidas pelas tecnologias. Isso não pode ser definido como superficialidade, mas como imediatismo, não no sentido pejorativo atribuído ao termo, mas como aplicação real, rápida e eficaz daquilo que está sendo apreendido.

Imediatismo à medida que os sistemas vão se tornando em tempo real e a informação move-se à velocidade da luz, o metabolismo da cultura jovem se acelera. (…) as crianças da era digital esperam que as coisas aconteçam, porque em seu mundo as coisas acontecem rapidamente (TAPSCOTT, 1999, p. 71).

É uma nova forma de aprender e de fazer comunicação através da interatividade. Todos participam e são estimulados ao debate e a troca de informações. Até podemos afirmar que a televisão analógica pode ser considerada interativa, mas com um sistema fechado, onde não há diálogo.

Com a tecnologia digital haverá um boom de possibilidades, com uma grande variedade de opções, alterando o sentido de monocultura para pluricultura, principalmente com referência a televisão. Teremos, finalmente, não mais a televisão “feita para você, mas por você. A adição da interatividade à televisão permitirá que os expectadores tornem-se usuários – por exemplo, durante um programa de entrevista, fazendo perguntas, votando, dando opiniões, pedindo informações complementares ou elaborando mais algum tópico”. Também, aliando o conceito de multitarefa da juventude com as ferramentas de hipertexto, novas formas de estruturar o pensamento estão sendo conhecidas e reconhecidas. É o desafio de pensar por estruturas de hiperlinks (TAPSCOTT, 1999, p. 78).

Assim, temos que aprender a aprender para além do discurso. Neste sentido é fundamental e imediato sairmos da geração Vila Sésamo para a Geração Vídeo Game. Esse será, sem dúvidas, o nosso grande desafio como educadores e pesquisadores.

Referências bibliográficas
TAPSCOTT, Don. Growing Up Digital. The rise of the Net Generation. McGraw-Hill, 1999.

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Maria Cristina Gobbi é Pós-Doutora pelo Prolam-USP (Universidade de São Paulo), Doutora em Comunicação pela Universidade Metodista de São Paulo (Umesp), Diretora-suplente da Cátedra Unesco de Comunicação. Professora do programa Pós-Graduação Stricto Sensu em TV Digital e Comunicação da Unesp de Bauru. Coordenadora dos Grupos de Pesquisa Pesamento Comunicacional Latino-Americano e Comunicação Digital e Interfaces Culturais na América Latina do CNPq. Diretora de Documentação da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom).

Por:Maria Cristina Gobbi
Blog Agente Digital AOC

domingo, 2 de maio de 2010

A nova "onda" tecnológica



A nova tecnologia que está dando o que falar é a TV Digital. Essa nova forma de assistir televisão promete grandes avanços tecnológicos e maior comodidade para o telespectador. A TV Digital é uma transmissão de sinais que proporcionará melhor qualidade nas imagens e no som de sua televisão, além de diversos outros benefícios.
Os programas de TV chegarão à casa das pessoas como um fluxo de bits. Esta informação digital pode ser armazenada, alterada em parte, trocada, recuperada e combinada com outras informações. É como se com a TV Digital o computador virasse televisão ou a televisão virasse computador.

Através da TV Digital as pessoas poderão ver televisão em deslocamento e interagir com os programas. Quando implementada, o telespectador poderá comprar produtos que lhe interessam diretamente com o controle remoto, ter informações adicionais como, por exemplo, câmeras em diferentes lugares nos jogos de futebol, participar de enquetes e até mesmo fazer transações bancárias diretamente do sofá de casa. O telespectador deixará de ser passivo à programação.
Em 2007, foi dado início a este projeto. Hoje, três anos depois, os telespectadores podem assistir aos programas de TV com a melhor qualidade de imagem em mais de 30 cidades brasileiras. A antena de transmissão digital já está instalada em cidades como, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Goiânia, Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Campinas, Cuiabá, Florianópolis, Vitória, Uberlândia, Santos, Campo Grande, Fortaleza, Recife, entre outras.
Para fazer parte dessa nova onda tecnológica, que cresce a cada dia, e proporciona imagens em alta definição, interatividade, qualidade de som e portabilidade, será necessário que a pessoa ligue seu conversor digital ou seu televisor integrado a uma rede de telecomunicações, como a banda larga. Assim será possível interatividade completa, porém é bom saber que a nitidez da imagem será sempre limitada pela resolução da tela da TV.